Persuasão Moral
Os bancos centrais têm como função supervisionar o sistema bancário e financeiro, influenciam os sistemas de liquidação e de pagamentos, principalmente como fornecedores de uma variedade de serviços de liquidação e de pagamentos para outros bancos. Esses serviços devem ser confiáveis, para estarem disponíveis mesmo quando os mercados nos quais eles funcionem estiverem em crise. Eles não devem, nunca, ser a origem de tais crises.
Apenas recentemente a vigilância se tornou uma função dos bancos centrais, em que os objetivos de segurança e eficiência são promovidos pelo monitoramento dos sistemas existentes ou planejados, pela avaliação deles contra esses objetivos e, quando necessário, pela indução a mudanças. Entretanto, embora recente, esse desenvolvimento na natureza da vigilância tem sido rápido e a função agora é reconhecida como uma das principais responsabilidades dos bancos centrais.
Na prática, a maioria dos bancos centrais usa a persuasão moral em suas atividades diárias de vigilância. A persuasão é uma estratégia de comunicação que consiste em utilizar recursos lógico-racionais ou simbólicos para induzir alguém a aceitar uma ideia, uma atitude, ou realizar uma ação.
Existem, por exemplo, formas de pressionar os bancos para que ofereçam linhas de crédito para pequenos empresários e pessoas de baixa renda. Uma delas seria através da persuasão moral implícita, onde o Banco Central influencia a atuação dos bancos por meio de pressão para que o sistema bancário possa ser mais acessível. Uma outra forma seria por meio de leis sobre divulgação financeira.